sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Jornal escotismo 9ª edição

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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

UMA DAS MAIS BELAS CANÇÕES ESCOTEIRAS


Essa é minha canção escoteira favorita, pois ela retrata, e em especial na segunda parte, a idéia de nosso fundador com relação ao respeito a diversidade humana. Outra questão interessante é que este era o termo utilzado ate muito tempo atras para designar a atividade que hoje chamamos de "Jamboree Nacional", bom vamos deixar meu saudosismo de lado (eu participei do IV Ajuri Nacional em 1985) e observemos a letra. Esta canção foi gravada pelo Trio Irakitan em seu disco "Sempre Alerta", a imagem acima é a do distintivo do I Ajuri Nacional em 1957 (fonte www.caoquira.com.br - site oficial do 158/SP G E Caoquira de São Bernanrdo do Campo - SP.

CANÇÃO DO AJURI

Viemos do norte, do sul e do leste.
viemos do oeste, de todo Brasil.
Das praias dos pampas,
dos campos e do montes.
E dos horizontes de todo o Brasil.
Das grandes cidades, das vilas mais belas,
das casas singelas, de todo o Brasil.
Mochilas nas costas, bandeiras ao vento,
para o acampamento de todo o Brasil

ESTRIBILHO:
O Ajuri Nacional, do Rio de Janeiro.
É o marco triunfal do ano escoteiro.
Comemoramos o centenário,
de Baden Powell o fundador
e do Escotismo, o cinqüentenário
do acampamento da Ilha de Brownsea,
na Ilha do Governador


Se ele é gaúcho, vocês do Amazonas.
Debaixo das lonas, são todos irmãos.
Qualquer cor ou classe,
qualquer raça ou credo,
Despertam bem cedo, são todos irmãos.
Fazendo a comida, universitários,
peões, operários, são todos irmãos.
Nascido em palácios, nascidos em favelas,
lavando as panelas, são todos irmãos.

ESTRIBILHO:

Estas são opniões muito pessoais de um escoteiro que viveu os melhores anos de sua vida em sua patrulha, usando seu chapelão e que aos 11 anos de idade traçou como objetuivo para sua vida ser Chefe Escoteiro.

SEMPRE ALERTA A TODOS

Ch. Laércio A. Canizela

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

POESIA DOS NÓS


Que o nó direito, nos leve ate às pessoas semelhantes...

Que o nó escota, nos leve ate às pessoas diferentes...

Que a volta do fiel, nos envolva com ternura e atenção...

Que o nó de correr, nos faça lembrar que até os mais simples também são importantes..

Que o aselha, nos salve das más influencias..

Que o catau, encurte nossas distancias e que nos fortaleça cada vez mais...

Que a volta do salteador, nos segure quando estivermos caindo...

Que a volta da ribeira, nos dê a devida firmeza em vias diagonais...

Que o prucick, só nos leve pra cima...

Que o balso pelo seio, nos transporte com segurança quando estivermos feridos...

Que o nó da amizade, sirva de base pra nossa relação...

Que o nó de pinha, nos faça ver a beleza de nossa amizade...

E que a Flor de Lis e o Escotismo sejam o sangue que corre em nossas veias sem cessar, nos fazendo acreditar que temos o poder para melhorar nossa vida e bem-estar !

Autor desconhecido

terça-feira, 19 de outubro de 2010

DIOCESE DE BARRETOS, PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA E GRUPO ESCOTEIRO OLHOS D’ÁGUA CELEBRAM COMODATO DE UTILIZAÇÃO DA ÁREA DA SEDE




Como é de conhecimento de todos desde 2006, quando da fundação de nosso grupo Escoteiro, utilizamos nos é cedida a área localizada aos fundos do Salão Paroquial de Nossa Senhora Aparecida, isso era concedido através de uma autorização verbal do pároco Frei Flaerdi Silvestre Valvasori OFM, o qual achou por bem documentar tal ato.
Assim foi celebrado o “Termo de Comodato” com a Mitra Diocesana de Barretos, a qual é responsável pela administração das paróquias da Diocese, onde foi autorizada a utilização do espaço por mais cinco anos a contar de setembro de 2010, assim sendo no ultimo dia 16 de outubro recebemos a visita do Frei Flaerdi o qual fez a entrega do referido documento.
Aproveitando o momento o Diretor Presidente de nosso grupo Chefe Laércio A. Canizela efetuou a entrega do “Certificado de Responsabilidade Social” concedido pela União dos Escoteiros do Brasil – Região São Paulo a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, tal certificação é concedida a entidades que favorecem e propiciam a prática do escotismo.
Ma o momento mais carregado de emoção foi quando Frei Flaerdi foi presenteado com um exemplar do livro “Escotismo Para Rapazes”, livro escrito por Baden Powell que deu origem a nosso movimento. Tal homenagem se deu, pois Frei Flaerdi esta se despedindo de nossa cidade para se dedicar a seus estudos na Itália. Cabe ressaltar que o bom Frei é nosso Presidente de Honra, pois foi um dos idealizadores de nosso grupo escoteiro e em muito nos apoiou, sem contar que ele mesmo é um Escoteiro.
Aproveitamos o ensejo para agradecer ao senhor Bispo Diocesano de Barretos Dom Edmilson Amador Caetano, por concordar com o referido documento, tal ato só vem demonstrar o reconhecimento do valor do Movimento Escoteiro na formação dos jovens.
Frei Flaerdi, o nosso mais profundo agradecimento e um fraterno aperto de mão esquerda.
BRAVO! BRAVO! BRAVÍSSIMO!!!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PROPOSTA DO MOVIMENTO ESCOTEIRO QUANTO A INCLUSÃO



O Escotismo, maior movimento de educação não-formal para crianças e jovens de todo o mundo (atualmente com mais de 28 milhões de membros ativos), desde sua fundação, há 95 anos, tem recebido deficientes físicos em suas fileiras, ainda que esporadicamente, fruto de iniciativas isoladas de Grupos Escoteiros ou de umas poucas organizações escoteiras nacionais (vide item: Escotismo e Inclusão).

A Conferência Mundial do Movimento Escoteiro de 1988 tomou importantes decisões sobre a prática do Escotismo por deficientes físicos, defendendo a opinião de que todos os líderes no Movimento têm responsabilidade de promover o Escotismo para os portadores de necessidades especiais; recomendando a todas as organizações escoteiras nacionais a rever seus programas, a fim de satisfazer às necessidades de todos os jovens, a despeito das deficiências que possam ter; encorajando fortemente a todas as organizações escoteiras nacionais que garantam a existência de uma pessoa com influência na Equipe Nacional de Programa responsável especificamente por promover o Escotismo para deficientes; e instando as Organizações Escoteiras Nacionais a que disponibilizem recursos suficientes para a promoção efetiva do Escotismo com deficientes.

Embora essas recomendações não tenham sido ainda implantadas no Brasil, entendemos que, em razão da aceitação do conceito de inclusão em nosso país, elas podem ser aplicadas sem prejuízo para o Programa de Jovens.

Os jovens devem ser os principais agentes de seu próprio desenvolvimento, mesmo aqueles com incapacidades, e o Movimento Escoteiro deve oferecer-lhes – assim como faz aos demais jovens – plenas oportunidades para envolvimento e participação.

A fim de se evitar as palavras deficientes, incapazes, etc, o Movimento Escoteiro tem usado, em diversos países, outros termos para referir-se ao Escotismo com deficientes, como: “Escotismo de Extensão” ou “Escotismo para Todos”, sendo que a primeira expressão não transmite adequadamente a idéia de inclusão, buscada por nós. Assim, o Movimento Escoteiro no Brasil optou pela expressão “Escotismo para Todos”, tendo sido esse o tema para o ano de 2002.

Embora o conceito e a prática universal da inclusão sejam muito recentes, os mesmos já eram preconizados pelo Movimento Escoteiro, praticamente desde sua fundação. O fundador do Escotismo afirmava que “queremos especialmente ajudar o mais fraco a não sentir suas fraquezas, e a ganhar esperança e força”. Já em 1919, em seu livro “Aids to Scoutmastership”, Baden-Powell afirma: “Por toda parte no Escotismo há inúmeros meninos aleijados, surdo-mudos e cegos que agora estão ganhando mais saúde, alegria e esperança do que tinham antes.

B-P, como Baden-Powell é chamado carinhosamente no Movimento Escoteiro, percebeu que algumas adaptações se faziam necessárias:” A maioria desses meninos não é capaz de passar nas provas escoteiras normais, sendo supridos com provas especiais ou alternativas”. Além disso, em consonância com a orientação dos nossos dias (isto é, 80 a 90 anos a sua frente), ele adverte que deve-se evitar a superproteção ou paternalismo: “O que é admirável nesses meninos é sua alegria e entusiasmo para fazer tudo o que lhes for possível no Escotismo.

Eles não querem provas e tratamento mais especiais do que o estritamente necessário.” Seguindo o mesmo princípio, ele enfatiza a regra geral da educação: ajudá-los a tornarem-se autônomos o máximo possível e a adquirirem auto-estima: “O Escotismo os ajuda unindo-os à uma fraternidade mundial, dando-lhes algo que fazer e pelo que esperar, oferecendo-lhes uma oportunidade de provar a si mesmos e aos outros que eles podem fazer coisas por si mesmos – e coisas difíceis também”



Escoteiros em atividade ao ar-livre


PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS


Trata-se de pessoas que possuem (em caráter temporário, intermitente ou permanente) necessidades especiais decorrentes de sua condição atípica e que, por essa razão, enfrentam barreiras para tomar parte ativa na sociedade, com oportunidades iguais às da maioria da população. É claro que, além das necessidades especiais, essas pessoas têm necessidades comuns a todo ser humano.

As deficiências ou necessidades especiais, podem ter causas genéticas, ou acidentais (incluindo-se aí desde os acidentes pré-natais até um acidente na juventude). Esses fatores geram duas classes de portadores de necessidades especiais:

1) aqueles que nasceram com determinadas deficiências e precisam aprender utilizar as capacidades de que dispõe a fim de superar ou minimizar ao máximo essas deficiências, e

2) aqueles que tinham suas habilidades normais e as perderam como conseqüência de um acidente ou enfermidade, cujo esforço é viver integrado à sociedade e com qualidade de vida, a despeito das habilidades perdidas.

“Dados de muitos países e regiões registram que, pelo menos um décimo de todas as crianças nascem com deficiências ou as adquirem – sejam elas de ordem física, mental ou sensorial – que irão interferir em sua capacidade de desenvolvimento normal, a não ser que lhes seja prestada alguma assistência e atenção especiais. Essa é uma estimativa do mínimo. Os números podem ser muito maiores, variando entre 15% e 20% de todas as crianças, dependendo das condições, das definições de deficiência utilizadas, da idade do grupo de crianças estudado e de outros fatores”.


As necessidades especiais podem resultar de diferentes tipos de deficiências, ou seja :

Mental, física, auditiva, visual ou múltipla
Autismo
Dificuldades de aprendizagem
Insuficiências orgânicas
Déficit de Atenção (Transtornos por Déficit de Atenção com ou sem
Hiperatividade)
Distúrbios emocionais
Transtornos mentais (Síndrome de Dawn, Paralisia Cerebral, etc.)


INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO

O Movimento Escoteiro mundial adere a idéia da inclusão da pessoa portadora de deficiência, e não da simples integração da mesma. Cabendo, portanto, diferenciar os termos integração e inclusão, de modo que, um entendimento claro do conceito
inclusão, venha evitar erros na implantação e operacionalização do Escotismo para Todos no Brasil.

Não se trata de uma mera troca de verbos, mas de novo olhar sobre o portador de deficiência como sendo alguém que se insere no “nós”, no “todos”.
Quando atingirmos esse progresso, esse grau de desenvolvimento humano, essa naturalidade diante da diversidade, o preconceito e a segregação serão uma realidade muito distante. Quando o objetivo da verdadeira inclusão houver ocorrido, o fato de uma pessoa sofrer um acidente e transformar-se num portador de deficiência significará apenas que suas aptidões mudaram e que ela deve adequar-se a uma nova condição de vida, também repleta de oportunidades.


Tanto a integração quanto a inclusão, constituem formas de inserção social das pessoas com deficiência. Com o diferencial de que, na prática da integração – definida mais claramente nas décadas de 60 e 70 – era baseada no “modelo médico”, visando modificar (habilitar, reabilitar, educar) a pessoa com deficiência, para torná-la apta a satisfazer os padrões aceitos no meio social (familiar, escolar, profissional, recreativo, ambiental).

Já a prática da inclusão, que se inicia na década de 80 e se consolida nos anos 90, vem seguindo o “modelo social”, segundo o qual a nossa tarefa é modificar a sociedade para torná-la capaz de acolher todas as pessoas que, uma vez incluídas nessa sociedade em modificação, poderão ser atendidas em suas necessidades comuns e/ou especiais.

Assim:

Integração: inserção da pessoa deficiente devidamente preparada para conviver na sociedade.

Inclusão: modificação da sociedade como pré-requisito para a pessoa com necessidades especiais buscar seu desenvolvimento e exercer a cidadania.

“As necessidades de aprendizagem dos incapacitados exigem atenção social. São necessários passos para se oferecer igualdade de acesso à educação a todas as categorias de pessoas incapacitadas como parte integral do sistema educacional”.



IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA ESCOTISMO PARA TODOS

NORMAS PARA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA


1. Antes de aderir ao Programa de Escotismo para Todos, deve-se consultar, discutir e motivar os jovens, os Chefes e os pais da Seção que está disposta a incluir CPNE, assim como da Diretoria do G.E. Somente com o acolhimento de todos o Projeto pode ser bem sucedido. Tomando-se a decisão de aderir ao Programa, o primeiro passo é capacitar um ou dois Escotistas da Seção com o Curso Técnico de Escotismo para Todos.

2. O trabalho com crianças e jovens portadores de necessidades especiais pode originar-se basicamente de duas fontes: O próprio G.E. decide aderir ao Programa e procura uma instituição que trabalha com CPNE, ou o G.E. é procurado pelo interessado (o jovem, os pais deste ou uma instituição).

3. Em qualquer dos casos acima, deve-se buscar um adulto que esteja disposto a colaborar, como voluntário, na Seção onde o jovem vai participar. Podem ser os pais ou parentes do jovem, que normalmente estão envolvidos com sua educação, ou alguém do corpo de voluntários da instituição. Esses adultos já têm um bom conhecimento e experiência acerca da incapacidade ou desvantagem da criança ou jovem postulante.

4. O adulto captado recebe a Palestra Informativa, no próprio G.E. e é encorajado a fazer o Curso Preliminar da linha Escotista, uma vez que trabalhará não apenas com a CPNE, mas com um grupo – Matilha, Patrulha ou Equipe – necessitando, portanto, ter mais familiaridade com o Movimento Escoteiro.

5. Enquanto aguarda o primeiro Curso Preliminar da linha Escotista disponível, o adulto captado começa sua integração na Seção, antes da entrada do jovem postulante, ao mesmo tempo em que cumpre as tarefas prévias para o Curso Preliminar. Nesse período – que deve ser o mais curto possível – o novo voluntário instrui os Escotistas que fizeram o Curso Técnico de Escotismo para Todos, assim como o líder da Matilha, Patrulha ou Equipe que receberá o jovem, nas peculiaridades das necessidades especiais daquele jovem. O voluntário também orienta os Escotistas do G.E. a respeito das adaptações físicas que precisam ser feitas na sede. Nessa fase o novo voluntário fica dispensado de firmar Acordo Mútuo e Acordo com Assessor Pessoal.

6. Terminado o Curso Preliminar, o voluntário assina Acordo Mútuo com o Grupo Escoteiro e com Assessor Pessoal de Formação, e é registrado na UEB.

7. Agora que a Seção está estruturada e as instalações do G.E. estão preparadas para receber o jovem, este ingressa no Movimento Escoteiro, onde deverá iniciar uma nova etapa de sua vida.


INICIATIVA E PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA

Em Agosto de 2002 o Escotista Fernando Braga Monte Serrat, através de seu trabalho de Pós-Graduação em Psicopedagogia, apresentou monografia com o tema: A Inclusão de Crianças e Jovens Portadores de Necessidades Especiais no Movimento Escoteiro no Brasil, na UNIP – Universidade Paulista.

A monografia em tela atuou como válvula propulsora na iniciação do Programa Escotismo para Todos a nível nacional, e ora propicia as informações e esclarecimentos prestados.


WE CAN (NÓS PODEMOS)

Em março de 1989 o Escritório Mundial publicou um kit composto de seis elementos, intitulado “Nós Podemos!”. O kit era dirigido aos líderes adultos responsáveis pelo Programa Escoteiro em geral e, em especial, pelos responsáveis pelo Escotismo de Extensão. Com uma linguagem positiva, o material inclui um resumo do Escotismo com deficientes, as pessoas que trabalham com os deficientes – suas atitudes, e o apoio que lhes é oferecido – e as habilidades
necessárias para ajudar os deficientes.

Publicação (de 1988 a 1992) do boletim “AWARE”, que, além de divulgar as experiências pioneiras em termos de Escotismo com deficientes em diversos países, era uma ferramenta pedagógica do Escritório Mundial, que tornou-se um excelente material de leitura de referência no assunto. Além disso, o AWARE chamava a atenção da comunidade escoteira para as iniciativas e programas de outras Organizações Não Governamentais (ONGs).




EXPERIÊNCIAS EM DIVERSOS PAÍSES

Nos últimos anos, diversas Organizações Escoteiras Nacionais adotaram abordagens originais para lidar com o assunto, a saber:

A Associação dos Escoteiros do Reino Unido publicou um livreto intitulado “Se eu empurrá-lo, ele quebra?”, a fim de ajudar os chefes escoteiros a trabalhar com jovens deficientes, e a recrutar mais jovens deficientes para o Movimento.

A Associação dos Escoteiros da Austrália publicou cinco manuais intitulados “Idéias Saudáveis para Membros Jovens”, visando a cinco faixas etárias – Castores, Lobinhos, Escoteiros, Seniores e Pioneiros.

Os Escoteiros Católicos da Irlanda publicaram um livro sobre “Escotismo Integrado”, que combina teoria e prática a fim de receber e integrar jovens deficientes em seções escoteiras “normais”. O livro mostra que, longe de ser uma tarefa penosa, o processo de integração pode ser empolgante e divertido.

A Federação dos Escoteiros Católicos da Bélgica desenvolveu um livreto sobre a integração de jovens portadores de necessidades especiais ao Escotismo. O título do livreto é: “Basta Passar a Ponte”. Essa publicação mostra aos chefes das diversas Seções que receber portadores de necessidades especiais não apenas é possível e desejável, como também enriquece todos os membros capazes da unidade.

O “Movimiento Scout Católico” da Espanha, também publicou um livreto na mesma linha, chamado “Integrar: Uma Nova Aventura”. O livreto fala da integração de jovens deficientes ao Movimento Escoteiro e trata de três tipos de deficiência: física, mental e social.

Nos Estados Unidos, a Boy Scouts of América editou diversas publicações, como: 1. Guia do Chefe Escoteiro para Trabalhar com Escoteiros com Incapacidade; 2. Escotismo para Rapazes com Incapacidades Físicas; 3. Entendendo os Lobinhos com Incapacidades; 4. Escotismo para Deficientes Auditivos; 5. Escotismo para Cegos e Deficientes Visuais; 6. Pioneiros com Incapacidades – Ajudas ao Programa; 7. Escotismo para Jovens com Incapacidades Emocionais; e 8. Escotismo para Jovens com Retardamento Mental. Hoje há, aproximadamente, 100.000 Lobinhos, Escoteiros e Pioneiros portadores de deficiências registrados na Boy Scouts of América, em mais de 4.000 unidades credenciadas por organizações comunitárias.

Os exemplos acima são apenas alguns entre muitos outros levados a cabo por Associações Escoteiras Nacionais, em consonância com a resolução da Conferência Escoteira Mundial de 1988. Hoje, podemos compartilhar das experiências positivas de todos esses anos de esforços no Movimento Escoteiro em diversas partes do planeta. Há centenas de jogos e atividades para cada tipo de deficiência, que podem ser jogados junto com as demais crianças, que foram testados e plenamente aprovados.

A Patrulha de escoteiros “deficientes” (um é cego, outro usa somente uma perna, outro apenas uma mão, um é surdo e outro é mudo) é desafiada a montar uma barraca. O resultado é um exemplo de trabalho em equipe.




EXPERIÊNCIAS NO BRASIL

Em nosso país, alguns Grupos Escoteiros, em vários Estados, têm recebido em suas fileiras crianças portadoras de necessidades especiais. Trata-se, na maioria dos casos, de experiências isoladas e sem uma retaguarda institucional para a empreitada, isto é, sem o apoio de um programa oficial da União dos Escoteiros do Brasil que estabeleça princípios, oriente ações e defina limites, assim como uma estrutura de capacitação de voluntários adultos e jovens líderes para tarefa de tamanha responsabilidade como essa. A principal conseqüência dessa carência é a descontinuidade das iniciativas, por mais bem intencionadas que sejam.

Podemos citar como exemplos do esforço individual de Grupos Escoteiros, a experiência do Grupo Escoteiro Cruzeiro do Sul (49o/SP) na cidade de São Paulo, que, em parceria com a Associação de Assistência à Criança Defeituosa – AACD, promoveu, entre os anos 1963 e 1975, a integração de crianças portadoras de necessidades especiais às Alcatéias do Grupo.

Alguns Grupos Escoteiros, em diversos Estados do país, têm recebido isoladamente crianças ou jovens deficientes, principalmente parentes de membros do Movimento Escoteiro. Contando com a boa vontade dos Escotistas e dos membros jovens, esses meninos e meninas são recebidos com entusiasmo, mas logo tanto os adultos como os jovens sentem o peso da falta de conhecimento para lidar com essas pessoas portadoras de necessidades especiais. Outros Grupos ou Seções de Grupos Escoteiros tentam atuar junto a entidades de assistência a portadores de necessidades especiais. Nesse caso, trata-se de promover periodicamente atividades conjuntas entre escoteiros e as crianças atendidas por essas instituições, que na verdade são “atividades especiais”, estanques e periódicas. Em outras palavras, essas “atividades especiais”, apesar de instantaneamente compensadoras, não estão inseridas em um programa educativo que contemple o potencial de cada criança ou jovem nas seis áreas de desenvolvimento preconizadas pelo Movimento Escoteiro, assim como não estabelece metas nem realiza avaliações com as próprias crianças.

Na maioria dos casos, a falta de conhecimento das deficiências – sua etiologia, manifestações, limitações e possibilidades de tratamento – assim como a falta de preparo e apoio institucional da própria UEB, resultam em desânimo de ambas as partes e a conseqüente cessação das ações.

Neste paradigma, reconhece-se que os atuais programas e estratégias de Escotismo para Todos, ainda, são insuficientes ou carecem de ajustes conceituais e técnicos, tendo em vista a inclusão das crianças e jovens com necessidades especiais. Como afirmamos acima, nos lugares onde existem atividades voltadas apenas a grupos específicos, elas funcionam com programas especiais, instituições especializadas e docentes especializados, estando, portanto, à margem do programa educativo regular – Programa de Jovens – que no nosso país ainda não contempla a inclusão. Admite-se que essas experiências, embora com a maior boa vontade dos participantes, conduzem muitas vezes à exclusão: a diferenciação torna-se uma forma de discriminação, as crianças que têm necessidades especiais acabam por ficar de fora da vida normal de um Grupo Escoteiro, continuando, mais tarde, sua vida social e cultural excluídas da comunidade.

Em 1998, Seniores e Pioneiros dos Grupos Escoteiros Marechal Rondon (108o/RS) e Léo Borges Fortes (80o/RS), no Estado do Rio Grande do Sul, assumiram a primeira atividade do Projeto Basta Passar a Ponte. Trata-se de projeto desenvolvido pela Federação dos Escoteiros Católicos da Bélgica, traduzido e adaptado para as condições brasileiras por uma equipe de líderes e jovens líderes desses Grupos Escoteiros. Desde então, outros 11 G.E.s do Rio Grande do Sul e um do Paraná engajaram-se ao Projeto, que envolve também 9 instituições de ensino do Rio Grande do Sul. O Projeto, que visa “criar as condições necessárias para que, através da capacitação, divulgação e atividades, os Grupos Escoteiros consigam acolher com maturidade e segurança, portadores de necessidades especiais, na busca de uma efetiva integração social” tem crescido e produzido alguma repercussão, principalmente no Rio Grande do Sul e tem encontrado boa receptividade por parte da UEB, que pensa em torná-lo oficial para todo o país.


MARILUCE GOMES N. MAIA PEREIRA
Coordenadora de Escotismo para todos – UEB/SP

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

DIA DO LOBINHO



Hoje, 04 de outubro, comemoramos o "Dia do Lobinho", mas por que neste dia?
Porque hoje é o dia dedicado ao amigo Francisco de Assis, um jovem cheio de ideal que abandonou a fortuna de seus peais para dedicar-se a servir aos pobres e desamparados. Além disso Francisco amava a natureza e respeitava todos os seres vivos, fossem estes plantas ou animais, tanto é que ele chamava a todos de "irmão", irmão Sol, irmã águis, irmão lobo, etc.E assim viveu toda sua vida servindo ao próximo e amando a natureza. Não é um modo de vida que tem tudo a ver com nossa Lei e Promessa.
Outro fato curioso, vocês sabem por que nossos irmãos escoteiros entre 7 e 11 anos são chamados de "Lobinhos"?
Bem quando B-P esteve na Africa, ele observou os Zulus (estes eram considerados os melhores e mais habilidosos guerreiros) eram muito bons onservadores e extremamente adestrados em exploração. Pois bem, os jovens da tribo passavam por provas rigorosas e o melhor deles recebia o nome de "lobo". Os meninos mais jovens da tribo gostavam de ficar admirando e seguindo esses bravos rapazes. Os mais expertos e melhores destes meninos eram chamados de "Lobinhos", os futuros lobos da tribo.
Então, parabenizo a todos os Lobinhos e Lobinhas do G. E. Olhos d'Água por seu dia

MELHOR POSSÍVEL!!!

Ch. Laércio
Lobo Gris