sábado, 6 de agosto de 2011

ESCOTISTA = EDUCADOR

Auto - Desenvolvimento é a sua meta

Um bom Escotista deve ter uma série de atitudes básicas, que deve procurar desenvolver, aproveitando ao máximo todas as oportunidades que lhe sejam oferecidas e buscando sempre novas ocasiões de melhorar, num esforço constante de aperfeiçoamento pessoal.

O Escotista deve estar atento aos aspectos que são apresentados a seguir, analisando, de quando em quando, os progressos que venha obtendo e as dificuldades encontradas, certo de que os membros juvenis de uma seção só crescem à medida de que seus Escotistas também crescem.

1 - Responsabilidade Voluntária

Essa atitude depende da compreensão dos amplos objetivos da Educação e da importância da obra educativa para o desenvolvimento individual, o progresso da comunidade local e do próprio país e a compreensão da fraternidade escoteira mundial.

O Escotista sabe que, mesmo sendo voluntário, tem sérias responsabilidades perante a sociedade, os pais ou responsáveis das crianças e jovens do Movimento e a cada escoteiro. Tem consciência de que a educação, embora o Escotismo não tenha subsídios governamentais, é um investimento de recursos das famílias, de espaço da entidade patrocinadora e de tempo de todos os membros e será instrumento de progresso ou fonte de de desajustes e revoltas, conforme a compreensão que os Escotistas tiverem do que lhes cabe realizar e a capacidade que tenham de fazê-lo com eficiência e harmonia.

O Escotista responsável planeja o trabalho para aproveitar ao máximo o tempo disponível com os jovens, estudando os objetivos que tem em vista e a melhor maneira de atingi-los, de acordo com o Propósito do Escotismo. Toma decisões esclarecidas em cada fase do trabalho, de preferência em equipe e representa para o Escotismo um exemplo vivo de hábitos e atitudes que pretende desenvolver, pois sabe que mesmo que não o queira, sua postura influenciará seus Escotistas.

2 - Observação e Reflexão constante

A postura de ser sempre um bom observador e investigar as causas dos fatos (desinteresse, evasão, a dinâmica interna das equipes, a liderança real...), de procurar descobrir se os resultados obtidos deixam a desejar e por que isso ocorre; o hábito de planejar, organizar adequadamente, executar o plano e analisar constantemente os resultados obtidos, buscando lições para o futuro, é essencial para qualquer trabalho bem orientado. Vale a pena, também, analisar como suas perguntas devem ser feitas, para serem claras e possibilitar aos jovens uma reflexão lúcida.

3 - Busca do aperfeiçoamento

O Escotista precisa ter presente que as deficências de seus escoteiros, na sua maioria, podem ser superadas com o trabalho do próprio Escotista e, por isso, será preciso que realize uma constante auto - análise e um esforço planejado para melhorar. Nesse planejamento, as leitura representam papel importante e será útil desenvolver o hábito de destinar um horário para ler, para refletir sobre o próprio trabalho e planejar maneiras de melhorá-lo. Bons filmes, os debates com pessoas esclarecidas favorecem o senso crítico e contribuem para o crescimento e a sensibilidade.

Buscará para si e também para os jovens o desenvolvimento da compreensão pessoal, grupal e social, bem como de suas mudanças, por meio de uma análise crítica, considerando os valores escoteiros adotados.

4 - Objetividade e Empatia

Esta postura exige preocupação constante com a causa dos fatos e a compreensão de que a atuação eficaz precisa atingir essas causas. Inclui, também, a análise dos acontecimentos sob o ponto de vista das pessoas nele envolvidas - num Grupo Escoteiro, geralmente o(a) Chefe e seu(s) Assistente(s), os Escoteiros, os pais - como base para qualquer decisão.

Tal atitude é indispensável no planejamento, execução e apreciação do trabalho do Escotista, o qual deve considerar as condições existentes, as limitações de tempo disponível, os interesses e necessidades dos jovens e os meios mais adequados para que o Propósito do Escotismo seja alcançado.

5 - Otimismo, Atitude Construtiva

O Escotista - Educador acredita que sempre há a possibilidade de melhorar o Escoteiro - Educando e que um esforço bem conduzido nunca se perde. Enfatiza os aspectos positivos de cada jovem, fortalecendo a auto-imagem, mas não deixa de conversar de forma particular, quando identifica eventuais erros.

O otimismo concorre para o bom humor, leva a olhar o lado positivo dos acontecimentos, a procurar ver, em cada situação, a maneira de resolvê-la e melhorá-la, a não deixar se vencer pelo desânimo, a não se limitar a crítica estéril.

6 - Atitude Adequada com cada Escoteiro - Educando/ Confiança

Essa postura do Escotista envolve: interesse esclarecido pelas crianças, pré-adolescentes e adolescentes a seus cuidados, compreensão de que eles não devem ser considerados apenas como "alunos" para serem instruídos, mas, de maneira mais ampla e profunda, como seres globais, que tem toda a vida fora da seção, tem capacidades que devem ser consideradas, problemas que devem ser levados em conta e que precisam ser estimulados.

Terá e demonstrará confiança em dar a cada criança ou jovem tarefas de responsabilidades crescentes que exigirão iniciativa e criatividade.

A atitude será, pois, de supervisão esclarecida, evitando sempre o interesse puramente sentimental pela criança ou jovem e impedindo a manipulação de poder para prestígio do Escotista.

O Escotista deverá observar a situação de cada Escoteiro, uma vez que a obra de educação se dá no educando, partindo do que ele é e do que ele pode realizar em cada momento.

Se Você desenvolver essas atitudes e tiver , realmente, interesse por educar, capacidade de estabelecer boas relações, esforço por uma clara comunicação, criatividade e bom senso nas decisões e busca de seu próprio equilíbrio, terá as condições básicas para ser um bom Escotista.

Mas, ressaltamos, que o pré-requisito é a disposição para o auto - aperfeiçoamento, pois com a prática supervisionada na seção, as demais atitudes serão progressivamente trabalhadas e incorporadas ao dia-a-dia de nosso trabalho.

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