quinta-feira, 14 de junho de 2012

AS SEMENTES DO MOVIMENTO ESCOTISTA A ARMADA BRASILEIRA – BERÇO DE HERÓIS OS LOBOS NÃO DORMEM JAMAIS

Foto do Encouraçado Minas Gerais


Em 1907 foi o ano de esplendor do movimento escoteiro (Scouting for Boys) e desta data lembramos tanto sua fundação em terras brasileiras, como pela sua importância na arregimentação dos moços para a paz e proteção da natureza. Naquele longínquo 1907, Oficiais e Praças da Armada Brasileira estavam na Inglaterra e vários se impressionaram com esse novo método de educação complementar que Baden Powell havia idealizado e o Suboficial Amélio Azevedo Marques não hesitou e com seu filho Aurélio, logo após ver as vantagens desses métodos escotistas, ingressou em um grupo de escoteiros da Inglaterra, vindo a tornar-se, além de uma lenda viva no nosso país, é considerado o primeiro escoteiro brasileiro.
 Logo depois, por volta de 1910, o movimento escotista foi introduzido no Brasil, por intermédio desses marinheiros e oficiais da gloriosa Marinha Brasileira, os quais vestiram-se com os ideais de Powell, trazendo uniformes escoteiros e o lançamento das primeiras de sementes do movimento escoteiro no Brasil, culminado que, no dia 14 de junho de 1910, foi oficialmente fundado no Rio de Janeiro, o Centro de Boys Scouts do Brasil, nascido das primeiras semeaduras e precursor do escotismo. Esse é o verdadeiro marco inicial da história do escotismo no Brasil. A partir de 1914, surgiram em outras cidades vários núcleos, dos quais o mais importante foi a ABE - Associação Brasileira de Escoteiros em São Paulo , fundada com o apoio de respeitados Diretores de estabelecimentos de ensino, Secretários de Justiça e de Segurança Pública do Estado e pessoas que foram fundamentais para a consolidação do escotismo no Brasil, como Mário Cardim, que concretizou a idéia de criar a ABE e tomou a frente para a preparação das pessoas, regulamentos e estatutos. O jornalista Júlio de Mesquita, Diretor do "Estado de São Paulo" e o Ascanio Cerqueira, receberam da inesquecível dama da sociedade bandeirante Jerônima Mesquita, diretamente de Paris, o material didático do procedimento formal da organização, passando o grupo e alguns idealistas, a formatar nosso escotismo, para a formação de sua personalidade jurídica. A ABE espalhou o Movimento Escoteiro por todo o país e em 1915 já contava com representações na maioria dos Estados Brasileiros e neste mesmo ano, uma proposta para reconhecer o Escotismo como de Utilidade Pública resultou no Decreto do Poder Legislativo n.º 3297, sancionado pelo Presidente Wenceslau Braz e em 11 de junho de 1917 sancionou o DL, o qual em seu  artigo  1.º estabelecia: "São considerados de utilidade pública, para todos os efeitos, as associações brasileiras de escoteiros com sede no país." – a mãe-pátria brasileira acabava de gerar um de seus mais importantes filhos, o ESCOTISMO. A História do Escotismo no Brasil, porém, só veio a ganhar amplitude nacional em 1924, quando da fundação no Rio de Janeiro da UEB - União dos Escoteiros do Brasil, semente-mor unificadora do processo de aglutinação dos diversos grupos e núcleos escoteiros dispersos nas terras brasileiras, movimento consolidado por volta de 1950, quando a formação social foi fracionada por regiões e Estadas, cada uma delas abrangendo um Estado ou Território Nacional.  

Fonte: www.gebrapa.com.br - site oficial do G. E. Bragança Paulista

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